“The older I grow, the more I distrust the familiar doctrine that age brings wisdom.” - H.L. Mencken

14
Ago 15

Há uns tempos, numa fila para pagar despesa numa bomba de gasolina, e mantendo eu o tal espaço de respeito para com quem insere códigos multibanco e afins, houve senhor que me passou à frente e se dirigiu ao balcão sem sequer perceber que havia a tal fila. A rapariga que estava atrás de mim, quando ele se despachou, deu um passo em frente, passando-me ao lado. Sem pensar sequer, larguei um “Mas eu estou aqui para enfeitar? Venho aqui enfeitar a loja? Não me vêem?!” Ela, novinha, soltou um sorrisinho nervoso e o passo que tinha dado em frente foi de imediato dado para trás, voltando ao lugar na fila atrás de mim. 
Esta invisibilidade tem as suas vantagens, claro. Uma espécie de “mosca na parede” à qual ninguém liga. Permite-nos ver e ouvir com maior à vontade, conscientes de que não estamos a ser observados. E permite-nos também espetar grandiosos cagaços em quem não nos está a ver, relembrando que deviam ter mais tento no que dizem e fazem porque, e lá está, há sempre alturas em que, quando se abre a boca, ou sai merda, ou entra mosca. 
Moscas na parede indeed.

publicado por Sónia às 15:35

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